Salve-se quem puder.
Se você perguntar para 10 pessoas o que elas acharam do final de temporada de True Blood você provavelmente terá 9 respostas revoltadas, inconformadas e enraivadas. E todas elas terão completa razão. A finale polêmica desta 5ª temporada é, além de uma das piores coisas já feitas na história da TV, o último episódio em que Allan Ball - criador e roteirista de True Blood - pôs a mão. Dito isso, Ball não só fechou o seu legado dentro da série como fez isso com chave de cocô.
Foram tantos os erros dessa season finale que até os maiores fãs de True Blood não puderam conter o riso, tamanha a vergonha alheia que estes 50 minutos lamentáveis foram. O primeiro deles ocorre antes dos créditos iniciais quando Allan Ball decide matar Russel da maneira mais anti-climática que encontrou.
Não pude acreditar quando ouvi da boca do próprio Alan Ball, em uma de suas entrevistas, que para ele a morte de Russel foi emocional e difícil. Primeiramente, não vejo a dificuldade do roteirista em matar o personagem já que a cena não teve nenhuma elaboração. Nenhuma. Imagino que toda a sequência foi gravada da seguinte maneira: o diretor grita para o Alexander (Eric) se posicionar, correr, pegar o Russel por trás, colocar uma estaca em seu peito e pronto, agora é só coloca um efeito de luz que tudo ficará lindo.
Me pergunto então, qual foi o propósito para o qual Russel foi trago de volta? Para trepar com Newlin? Para receber uma chuva de haduken das fadas? Para dizer que Jesus é hippie? Acho que a resposta para todas estas perguntas nem Allan Ball sabe responder, afinal a série já deixou bem claro que roteiro é algo dispensável no momento de produzir uma temporada de série.
Como se não bastasse tudo isto, somos levados do ridículo a vergonha alheia generalizada quando surge em tela a sa-fada que engravidou do Andy episódios atrás. A cena em que a mesma come um pote de sal foi apenas um prenúncio do que viria a seguir, algo digno de prêmios renomados como Emmy Awards e Golden Globe: a cena do parto alienígena. A coisa torna-se tão lamentável que no momento em que a vagina da sa-fada começou a piscar eu não contive as risadas que saiam tão desesperadamente quanto os gemidos de prazer da sa-fada que ovulava enquanto a cabeça dos alienígenas saiam da sua vagina fluorescente.
Assustador mesmo é saber que a dose de bizarrices não havia chegado ao fim. Havia ainda o arco dos metamorfos que, convenhamos, é tão patético quanto um vampiro perseguindo uma mosca. Todavia, devo dizer que o melhor momento do episódio ficou por conta de Sam, que a seguir viria a nos presentear com a maravilhosa morte da Dilma Roussef. A causa? Estuprada de dentro para fora pela mosca metamorfa que comeu a Luna.
Mas melhor do que vagina que pisca e mosca estupradora foi o plot de Alcide que durante toda a temporada suou muito a camisa, ou melhor, sem a camisa, para que no final das presas se tornasse o líder da Alcatéia de figurantes viciados em V. Já Arlene e Terry desapareceram, que Ifreat os tenha. E Laffayette caiu de categoria passando de bruxo dragqueen para bartender dragqueen.
E agora falemos do grand finale, o conflito ambientado no submundo da autoridade, no qual Jason não erra um tiro sequer e faz chover menstruação de vampiro para tudo o que é lado. Chegamos então ao momento em que Salomé e Bill disputam o cargo de messias, até que a reviravolta mais previsível da temporada acontece e Salomé morre de infecção intestinal após ingerir prata.
Faltam, então, segundos para o fim do episódio e eu nunca poderia cogitar a ideia de que o pior ainda estaria por vir. Sookie na tentativa de salvar Bill procura de todas as maneiras convencê-lo a não beber o resto de OB de Lilith. Entretanto, Bill, que conforme descrevi na review anterior teve uma mudança absurda de personalidade nesta temporada, escolhe Lilith, morre e revive da menstruação.
Para finalizar, a última fala da temporada é de Eric que antes do corte final para os créditos nos dá o melhor conselho que alguém poderia dar ao público da série neste momento: RUNNNNNN!
Foi o que Alan Ball fez e é o que pretendo fazer.
Até a próxima, galera! E praise Billith!
PS.: Reflexão final: como os filhos do Andy podem ter umbigo se eles nasceram sem cordão umbilical?
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