"Fico pensando que se eu fizer a escolha certa toda essa loucura vai acabar e a minha vida voltará ao normal. Mas isso nunca acabará, não é? As coisas são assim. Não irá mudar. Nós dizemos "adeus" e, logo depois, vocês estão de volta a minha casa e um vampiro de 3 mil anos quer sugar meu sangue. Deve ser quinta!"
- Sookie Stackhouse resumindo True Blood.
Bem diria Tara, quanto mais as coisas mudam, mas elas continuam as mesmas. E não há exemplo melhor que True Blood no momento. Uma série que está dando meia-volta, tentando fazer certo depois de tanto ter feito errado e voltar a ser aquela que um dia conseguira fazer mais do que apenas divertir.
O que este episódio mostrou é que por mais que tenha se perdido nos últimos anos, True Blood ainda é capaz de construir suspense, criar expectativa e fazer tudo isso com excelentes doses de humor. Vide Tara, uma das personagens que um dia fora das mais queridas entre o público, mas que depois se esvaiu, perdeu a força, a ironia e o humor. Tudo que queriamos era a cabeça de Tara em um altar. Entretanto, assim como True Blood, ele volta a se recuperar, mostrando que ainda pode, apesar de tantas mudanças (virar lésbica e vampira) ser forte, irônica e engraçada como fora.
Suas sequências ao lado de Pam, em que Tara cita o gosto peculiar por roupas de Laffayette e ainda discute sua posição de escrava no Fangtasia, são a grande prova disto. E se junto a Pam ela consegue voltar a ser aquela Tara que adorávamos, ao lado de Jessica ela mostra potencial para render maravilhosos puxões de cabelo e excelentes diálogos sobre a maravilhosa vida de vampiro adolescente. Suck, fuck and do both at the same time.
No outro paralelo da trama, temos Sookie, Eric, Bill e Alcide. O quadrado amoroso. True Blood conseguiu tornar estes personagens ainda mais divertidos colocando-os pela primeira vez, em algum tempo, para interagir. A épica cena do vômito e o diálogo maravilhoso de latidos foram sequências simples e divertidas que provam que os quatro não precisam de toda aquela tensão sexual para garantir bons momentos.
A caçada a Russel, então, não só teve continuidade como deu um passo a ritmo de vampiro na trama da temporada. Rric e Bill recrutam Sookie e Alcide, descobrem o corajoso Doug que vos dá a informação que precisavam para encontrar e hospital e logo estão de cara com Russel Edington, o vampiro mais verossímil que True Blood já apresentou.
O episódio então acaba soando como uma eletrizante caça ao tesouro que se encerra com a descoberta da cruz. Se a recompença será boa, não sei, mas por ora True Blood tem conseguido nos manter vidrados na televisão domingo após domingo.
Até tramas como a de Sam que sempre soam como parafernalha para encher tempo, ganharam uma melhor abordagem nesta semana. Gostei especialmente que os roteiristas atenderam meu pedido de matar a Luna e fizeram-na de uma maneira a dar continuação a trama dos anti-criaturas (o que inclui vampiros, lobisomens, metamorfos e caiporas).
Por outro lado, o arco de Terry e Patrick fica mais avulso e incongruente a cada semana que passa. Embora eu goste de muitas das bizarrices apresentadas por True Blood (uma delas foi a divertida cabeça de Jesus) o monstro de fumaça me pareceu mais uma criatura aleatória e que não fará qualquer diferença sob a trama central da temporada. Ao menos tenho esperanças de que o demônio iFreat mate Terry, Patrick e de quebra queime os cabelos de Arlene.
True Notes:
- Caro Russel, te dou de presente esta temporada de True Blood. Você tem 8 episódios de sobra para arrancar espinhas, estrupar fadas, colocar fogo na Autoridade e chamar Talbot de meu docinho. Então, não nos decepcione.
- Tara: "Se eu quisesse ficar igual a uma drag queen, eu teria assaltado o armário do Laffayette."
- Tara: "Você quer que eu fique de bartender?"
Pam: "Não. Eu quero que você se sente e brinque de scrabbles."
- Todo mundo queria saber o que o monstro de fumaça faria se deixasse a ilha. Taí a resposta.
E vocês o que acharam do episódio? Quem vocês acham que libertou Russel? Compartilhem opiniões nos comentários.
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